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Quando a divulgação estraga a experiência de ver um filme!

  • EduPess
  • 31 de mar. de 2016
  • 3 min de leitura

Na década de 90 e começo dos anos 2000 era difícil obter informações antecipadas sobre as produções hollywoodianas, os chamados “cinéfilos” tinha que buscar tais informações em jornais, revistas ou em algum programa que abordava o assunto na TV, bem-vindos a época se internet. Trailer, só no cinema antes das exibições dos filmes, era complicado mesmo ter informações relacionadas à sétima arte.

Mesmo com toda essa dificuldade os amantes de cinema queriam estar por dentro de tudo, saber qual o próximo filme que seu ator preferido iria estrelar era uma delas, isso também acontecia com as séries de sucesso como Arquivo X, Buffy: Caçadora de Vampiros e Angel, todos queriam saber mais, e isso nunca atrapalhou os expectadores, na verdade, saber mais sobre seu filme ou série preferida só aumentava as expectativas, um trailer fazia exatamente sua função, deixar o público com ainda mais vontade de ver o filme.

Nos dias atuais parece que tudo isso mudou, criar expectativa virou um problema, os trailers mostram demais, criaram a expressão “Spoiler”, onde nada sobre a trama do filme pode ser dito para não estragar a “surpresa”. De fato, existe um certo exagero nas campanhas de marketing das produções, principalmente dos filmes que são adaptações de histórias em quadrinhos, eles são o grande fenômeno da vez. Agora nós sabemos quando uma produção será lançada 6 anos antes, até o lançamento uma avalanche de informações serão divulgadas de maneira oficial ou em forma de rumores ou boatos. A quantidade de trailers e vídeos promocionais também é um problema, com a popularidade da internet o acesso as essas informações se tornaram cada vez mais fáceis, em certas ocasiões, o roteiro do longa vaza em algum fórum sobre cinema. Porém, tudo isso se torna um grande problema, quando a propaganda de marketing tenta vender aquilo que o filme não é, temos vários exemplos, Homem de Ferro 3, Thor: O Mundo Sombrio, Vingadores: Era de Ultron entre outros. Todos esses tiveram uma campanha de divulgação muito agressiva e excessiva, especificamente nesses três casos o marketing vendeu filmes mais sérios, com uma carga dramática maior e no fim das contas não foi nada disso, o pior aconteceu com a terceira aventura de Tony Stark que concentrou toda sua campanha em um vilão que virou uma piada de mau gosto, o resultado disso foi a rejeição por conta do público.

Recentemente tivemos mais um exemplo de uma campanha de divulgação desastrosa. Batman v Superman: A Origem da Justiça é vítima do seu próprio marketing excessivo, a Warner gastou milhões em propagandas na TV, promoções de todos os tipos, trailers e muitos e muitos vídeos contendo cenas importantes do filme, por conta disso, uma grande expectativa se criou entorno do longa, que estava em produção desde 2013, todos queriam ver como seria o confronto dos dois maiores heróis da história, por fim a crítica odiou e o público em sua maioria fãs dos personagens amaram.

Querer ficar por dentro de tudo que é divulgado sobre a produção de um filme não é um problema e criar expectativas também não, ultimamente tenho visto alguns colunistas de sites sobre cinema dizendo que estão evitando ver trailers porque acham que isso atrapalha na experiência de ver o filme, besteira, um bom trailer acompanhado de uma boa propaganda de marketing só colabora, aí está Star Wars: O Despertar da Força que não me deixa mentir. O público sempre quis e sempre vai querer saber tudo sobre seus filmes queridos ainda mais fãs de longas de super-heróis, é preciso que as divulgações dos mesmos sejam bem-feitas e o fanatismo dos fãs seja deixado de lado.

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