Resenha | Capitão América: O Soldado Invernal
Espionagem, política do medo e trafico de informações, são temas que estamos nos acostumando a ver nos noticiários nos dias de hoje, e são esses mesmos temas que fazem parte da trama de Capitão América 2: O Soldado Invernal, nono filme da Marvel Studios que chega aos cinemas nessa quinta-feira. Como vimos em Os Vingadores, o Capitão América começava e a questionar as ações da S.H.I.E.L.D. para manter a paz e a ordem no mundo, mais como era um filme de grupo com vários outros personagens, não tinha como focar muito nisso, e agora essa questão é abordada de maneira exemplar pela dupla de diretores Anthony e Joe Russo, que fizeram dessa continuação um ótimo filme de espionagem, cheio de mistérios, traições e reviravoltas que surpreende o espectador a cada sequência.
Na trama, depois dos acontecimentos de Nova Iorque, o Capitão Steve Rogers (Chris Evans), tenta levar uma vida quase normal morando em Washington, D.C. tenta ser tão normal que carrega consigo um caderninho com anotações de tudo que ele precisa conhecer, porém suas dúvidas sobre o que ele realmente faz pela S.H.I.E.L.D. são certas ou não o levam a entrar em conflito direto com o diretor Nick Fury (Samuel L. Jackson), e sua busca por respostas o colocam dentro de uma conspiração dentro da agencia que está repleta de agentes corruptos, a com a ajuda da Viúva Negra (Scarlett Johansson) e do Falcão (Anthony Mackie), o Capitão tem desmascarar essa organização misteriosa que infectou a S.H.I.E.L.D.. Como se tudo isso não fosse o bastante uma nova ameaça surge para assombrar o Capitão América, o Soldado Invernal.
Com esses elementos o filme se mostra um verdadeiro thriller de espionagem da década de 1970, abordando temas contemporâneos de uma forma simples sem dar a impressão de crítica política, aqueles que ficam preocupados com o tom de realismo e seriedade que tem invadido os filmes de super-heróis podem ficar tranquilos, a mistura, ação e humor, que já virou uma marca registrada do estúdio, faz-se presente. Os temas podem ser sérios, os lances fantasiosos e explosivos, repletos de tiradas bem-humoradas, seguem intactos.
Não êxito em dizer que esse é o melhor filme feito pelo Marvel Studios depois de Os Vingadores, Capitão América 2 fez exatamente o que Homem de Ferro 2 e 3 e Thor 2 não conseguiram, levar os filmes do estúdio para outro nível.
Os atores estão ótimos em seus papeis, só no caso da Viúva Negra que achei um pouco exagerada a participação dela, mais logo mudei de ideia quando lembrai que como ela não vai ter um filme solo é preciso explorada o potencial da personagem nos longas que ela participa, Anthony Mackie como Falcão está ótimo em ação, e o veterano Robert Redford só reforçar o clima de espionagem do filme. Ha alguns pequenos deslizes que não valem apena serem comentados exceto pela conversão do 3D que não agrega em nada a experiência, então veja em 2D, outro ponto são as ligações diretas com a série Agents of S.H.I.E.L.D. e Vingadores 2, além de citar vários outros personagens. Fica agora uma expectativa que a Marvel continue a melhorar a qualidade de seus filmes como ela fez exemplarmente em Capitão América 2: O Soldado Invernal.
Avaliação: Excelente