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Crítica | Independence Day: O Ressurgimento


De tempos em tempos surgem filmes que ultrapassam barreiras e se tornam verdadeiros fenômenos, entre o público que vai sempre ao cinema e aqueles que vão de vez em quando. O sucesso é tanto que esses filmes viram assunto no papo de bar, no salão de beleza, na escola, faculdade até em casa e viram notícia nos principais telejornais, como eu disse, verdadeiros fenômenos. Posso citar alguns exemplos: Jurassic Park, Titanic, Matrix, Star Wars e claro Independece Day. Outro ponto a se observar nesses longas, é que normalmente eles se tornam referência e acabam gerando muitos outros filmes. Foi exatamente o aconteceu com ID4 (como ficou conhecido), em 1996, na época quem não tinha visto, queria ver, quem já tinha visto, queria ver de novo. O diretor Roland Emmerich revolucionou com esse sci-fi travestido de filme de catástrofe. ID4 foi o responsável por projetar Will Smith ao estrelato. O filme fez impressionantes 817 milhões de dólares de bilheteria o que era mais que suficiente para garantir uma continuação, essa que demorou longos 20 anos para acontecer.

Depois de várias tentativas por parte de Roland Emmerich a Fox finamente aprovou o projeto, mesmo com as tentativas de trazer o agora super astro Will Smith de volta terem fracassado. Independence Day: O Ressurgimento chegou aos cinemas brasileiros nessa quinta-feira (23), com direito a exibição em um estádio de futebol. De cara posso dizer que todos os elementos que fizeram do primeiro filme um sucesso, estão presentes na continuação (menos Smith, claro). Emmerich mostrou mais uma vez como ele sabe tornar a destruição de boa parte do nosso planeta em algo divertido e emocionante de se ver, se em 1996 ele usou maquetes para fazer isso, aqui ele usou e abusou da computação gráfica, as sequencias de destruição e combates aéreos são muito bons.

A trama não tem segredo, os trailers fizeram questão de deixa-la bem clara. 20 anos se passaram desde a vitória sobre os alienígenas invasores, a humanidade usou como pode com que aprendia com a tecnologia dos ETs para aperfeiçoar todo o poder bélico da terra, se preparando para uma possível volta dos invasores. Os aliens voltam com tudo com uma nave muitas vezes maior que anterior e uma nova batalha pela salvação da terra começa.

Emmerich acerta em cheio em trazer de volta o bom e velho estilo “blockbuster pipoca”, quanto muitos diretores querem fazer filmes de ficção cientifica respaldados pela realidade, Roland não dá a mínima para isso, Independence Day: O Ressurgimento é tão divertido e emocionante como o primeiro, o que é bom, é apenas bom. É divertido e nostálgico ao mesmo tempo ver toda aquela história e seus personagens voltarem depois de tantos anos, só que Roland Emmerich não inovou em nada, na verdade ele fez uma cópia do próprio filme, tirando a tecnologia hibrida da terra, de resto o filme segue o mesmo ritmo e sequencias de acontecimentos do filme de 1996.

O elenco clássico composto por Jeff Goldblum, Bill Pullman e Brent Spiner, está ótimo, os atores parecem bem à vontade retornado aos seus papeis muitos anos depois, encontra partida o elenco de estreantes é composto por atores inexpressivos e sem carisma, não sei porque Hollywood ainda aposta em Liam Hemsworth, Jessie Usher como Dylan Dubrow-Hiller, o enteado do herói de guerra já falecido Steven Hiller (o personagem de Will Smith no filme anterior), em nada se compara com o papel de Smith, e ai está outra grande falha, a falta que o personagem de Will Smith faz, é sentida por todo o filme.

No geral Independence Day: O Ressurgimento é bom e divertido, o diretor devia ter arriscado mais trazendo algumas novidades. Por falar em novidades, a maior delas também é responsável pelo gancho para uma continuação. E voltando a falar os “filmes fenômenos”, esse aqui vai passar longe do sucesso do seu antecessor, muito disso pelo comodismo do diretor em refazer uma receita que deu certo há 20 anos atrás, quem está elogiando o filme são aqueles que são fãs do anterior, mais acho difícil que o público que curte filmes como Perdido em Marte, Prometheus e Interestelar venha a gostar desse “blockbuster pipoca”, brega e sem pretensão de ser aceito pela academia de ciências.

Avaliação: Bom

Ficha técnica:

TÍTULO Independence Day: Resurgence

ANO PRODUÇÃO 2016

DIRIGIDO POR Roland Emmerich

ESTREIA 23 de Junho de 2016 ( Brasil )

DURAÇÃO 119 minutos

CLASSIFICAÇÃO 12 Anos

GÊNERO Ação, Aventura, Ficção Cientifica

PAÍSES DE ORIGEM EUA

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