Crítica | Porta dos Fundos: Contrato Vitalício

O consagradíssimo Porta dos Fundos atravessou as barreiras da internet e chegou ao cinema com Contrato Vitalício o primeiro longa com a assinatura da trupe de humoristas que já somam mais de 12 milhões de inscritos no Youtube. Com quase duas horas de duração o filme é uma tentativa dos caras em mostrar que eles podem fazer algo muito mais complexo que os pequenos vídeos do canal, missão que é parcialmente cumprida.

Na trama Rodrigo (Fábio Porchat) e Miguel (Gregório Duvivier), são uma dupla de ator e diretor que, depois de ser premiada em Cannes, estabelecem um contrato vitalício de trabalho. Miguel, porém, desaparece sem explicação, retornando dez anos depois, envolto em teorias da conspiração sobre aliens no centro da Terra, pronto para rodar o seu próximo longa-metragem.

A ideia é muito boa só que na hora de colocar em pratica faltou um toque mais refinado para diferenciar o filme dos vídeos da internet. Fábio Porchat faz de tudo para arrancar gargalhadas do público, mais isso não acontece, ele é seguido de um elenco de atores que já estamos cansados de vê-los em comédias do tipo. Como disse a intenção e os esforço para fazer esse primeiro trabalho no cinema é muito valido só faltou o algo a mais.

Como é o primeiro longa-metragem dos caras vale muito apena deixar os furos de lado e se divertir com as piadas que estão no timing certo. Se você é daqueles que não se importar em pagar ingresso para ver algo que está disponível de graça no Youtube, vai fundo sem medo de ser feliz. Fica aqui a expectativa que no próximo Porchat é companhia se inspirem nas comédias americanas de sucesso e entreguem algo que sejam maior e melhor que o trabalho feito na internet. Por enquanto, valeu muito a tentativa e que em breve façam o segundo.

Avaliação: Bom