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Crítica | Jason Bourne


Depois de 10 anos Matt Damon retorna a encarnar Jason Bourne e ele não voltou sozinho, trouxe consigo o diretor Paul Greengrass, para novamente fazer com ele a dobradinha diretor/ator de A Supremacia Bourne e O Ultimato Bourne.

Assim que esse filme foi anunciando o próprio Damon fez questão de dizer que o mundo havia mudado e que a franquia precisaria acompanhar essas mudanças. Isso já dava indícios que teríamos um longa diferente dos anteriores. Com o título simples, Jason Bourne, o quinto filme da franquia estreou nos cinemas brasileiros nessa última quinta-feira (27), e a parceria entre Greengrass e Damon se mostrou mais uma vez eficiente.

O diretor nos mostra um excelente filme de ação e espionagem que tenta o tempo todo mostrar que está atualizado com os acontecimentos mundiais. Grass organizou as sequencias de ação loucas e desenfreadas dos filmes anteriores e agora fez sequencias enormes porém, organizadas nas quais podemos observar e entender tudo que está acontecendo na ação. Matt Damon, mesmo não tendo a juventude de A Identidade Bourne ainda se mostra em forma para as excelentes cenas de luta. Jason Bourne é um ótimo filme, repleto de boas sequencias de ação em um ritmo frenético que diverte e anima, porém não passa disso. De fato, o filme apresenta algumas mudanças: Bourne agora já não é mais uma máquina de matar sem memória, agora ele lembra de seu passado e sabe exatamente quem é. Mais que isso, não trouxe nenhuma mudança ao personagem, ele continua o mesmo homem perturbado, que fala pouco e tenta viver nas sombras.

O filme não acrescenta em nada tudo que já foi apresentado na franquia, o longa é mais do mesmo, e sobre o fato de se manter atualizado, falta argumentos para sustentar o tema de Vigilância Global de uma forma mais política. O tema é tratado de forma superficial demais, e pela proposta do filme, a trama deveria ir mais a fundo e explorar as consequências de países vigiam as ações políticas e comerciais de outros.

No fim das contas Jason Bourne é mais um filme de ação que usa um tema político como plano de fundo para justificar o quebra-pau entre os protagonistas. Se a intenção era revitalizar a franquia para que uma nova trilogia viesse a acontecer, o resultado desse primeiro filme não saiu como o esperado. É preciso que o lugar de Jason Bourne no mundo seja revisto e uma trama mais forte e coesa seja entregue, caso contrário, teremos mais do mesmo.

Avaliação do Crítico: Bom

Ficha técnica:

TÍTULO Jason Bourne (Original)

ANO PRODUÇÃO 2016

DIRIGIDO POR Paul Greengrass

ESTREIA 27 de Julho de 2016 ( Brasil )

DURAÇÃO 123 minutos

CLASSIFICAÇÃO 14 Anos

GÊNERO Ação

PAÍSES DE ORIGEM EUA

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