Crítica | Star Trek: Sem Fronteiras
A franquia Star Trek no cinema rendeu dois filmes com JJ Abrams no comando e podemos dizer que foram dois ótimos filmes. Infelizmente, Star Trek de 2009 e Além da Escuridão: Star Trek de 2013 não obtiveram o sucesso que era esperado, muito desse fracasso foi atribuído aos fãs da série clássica dos anos 60, que não gostaram das mudanças adotadas por Abrams que utilizou a boa e velha “viagem no tempo” para justificar suas mudanças ao mesmo tempo em que respeitaria e deixaria as aventuras da série clássica intactas.
Depois de dois filmes ainda faltava conquistar os corações dos fãs então chamados de Trekkers, JJ Abrams acabou deixando o posto de diretor depois que assumiu a frente de Star Wars: O Despertar da Força e ficou com o cargo de produtor do terceiro longa das viagens da nave Enterprise e sua tripulação.
A produção de Star Trek: Sem Fronteiras passou por algumas dificuldades, além de Abrams ter migrado para a “concorrência”, o diretor Roberto Orci que ficou a frente do projeto não estava indo bem e acabou sendo substituído às pressas por Justin Li, o diretor responsável pelo sucesso da franquia Velozes e Furiosos.
Com um roteiro escrito por um Trekker declarado, Simon Pegg (que vive o engenheiro Scotty no filme), Li colocou em pratica todo o seu carinho pela série e conduziu a produção com tranquilidade até o fim. O diretor tem uma história de amor com a série clássica, quando era mais jovem Justin se reunia com a família para assistir o seriado do qual ele guarda boas recordações.
Sentimentalismo a parte, Star Trek: Sem Fronteiras é o filme que os fãs (Trekkers, seja como for), esperavam, aqui Pegg e Li conseguiram resgatar toda a essência do seriado sem parecer que estavam tentando recontar historias antigas. O filme ficou com um ar de episódio de série, porém mais sofisticado. Quando o primeiro trailer saiu muitos torceram o nariz porque a edição o deixou com cara de um Velozes e Furiosos no espaço, por fim isso não aconteceu.
Star Trek: Sem Fronteiras é um excelente filme de viagens espaciais repleto de ação que resgata a alma da série clássica sem medo de apontar para o futuro da maneira correta, respeitando tudo aquilo que fez Star Trek ser um enorme sucesso. Além de uma trama simples e bem amarrada e um vilão de respeito o destaque fica para todo o elenco que agora aparenta estar confortável em seus personagens entregando ótimas atuações, claro que os principais se destacam mais que a maioria, Chris Pine encontrou o seu Capitão Kirk interior, Zachary Quinto deixou de querer parecer Leonard Nimoy e conseguiu mostrar seu Spock, Kal Urban continua dando um show como o doutor McCoy. E por falar em Leonard Nimoy, o filme ainda tem uma belíssima homenagem para o ator que morreu em 2015.
Como dito acima, Star Trek: Sem Fronteiras é muito bom, pena que seu desempenho nas bilheterias nos EUA não tenha sido muito bom, o filme estreou lá mês passado e apesar das ótimas críticas não fez muito dinheiro, esporo que isso não afete o futuro da franquia, porque dessa vez eles acertaram em cheio.
Avaliação do Crítico: Excelente
Ficha técnica:
TÍTULO Star Trek: Beyond (Original)
ANO PRODUÇÃO 2016
DIRIGIDO POR Jusin Li
ESTREIA 01 de Stembro de 2016 ( Brasil )
DURAÇÃO 122 minutos
CLASSIFICAÇÃO 12 Anos
GÊNERO Ação, Aventura, Ficção Cientifica
PAÍSES DE ORIGEM EUA