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Crítica | Bruxa de Blair


Existem filmes que são verdadeiras obras-primas do cinema, e as mesmas deviam ficar intocadas por séculos, não sou contra remakes ou reboots, muito pelo contrário, até prefiro alguns do que seus originais.

Lançado em 1999, A Bruxa de Blair é um desses filmes que deviam permanecer sem continuação ou reboot ou remake. O longa inovou e gênero terror inaugurando o estilo found footage, aquele tipo de filme onde um dos personagens filma as cenas com uma câmera, passando a impressão de filmagem amadora e realista.

Em 99 a internet não era tão popular como hoje e os criadores do filme usaram isso a favor criando uma campanha na web antes mesmo do termo “viral” existir. Os criadores do filme, Daniel Myrick e Eduardo Sánchez, venderam o filme como se fosse um documentário de uma história real, o que fazia as pessoas já irem se “cagando” de medo para o cinema e muitos (como eu), demoram para acreditar que se tratava apenas de um simples filme de terror com um excelente marketing. Não demorou muito e A Bruxa de Blair se tornou cut, alcançando seu lugar de destaque na história do cinema mundial. Infelizmente no ano seguinte uma desastrosa continuação foi lançada e o fracasso fez com que história A Bruxa de Blair ficasse quieta por quase 20 anos.

Em julho desse ano durante a San Diego Comic Con veio o anúncio bombástico que o filme misterioso até então conhecido como The Woods se trava de uma continuação direta de A Bruxa de Blair e se chamaria simplesmente de Bruxa de Blair.

Na trama, Peter (Brandon Scott) busca há 17 anos respostas sobre o desaparecimento da sua irmã. Ela foi participar de um documentário sobre as lendas das florestas de Maryland e nunca mais foi vista. Com o surgimento na Internet de uma nova pista, porém, ele parte ao lado de seus melhores amigos para o local onde essa evidência inédita foi encontrada, a mesma floresta em que sua irmã foi vista pela última vez.

O maior problema do filme é tentar ser igual ao original, o longa não consegui apresentar nada de original e se limita em reproduzir alguns momentos marcantes do primeiro filme. Aqui não temos nenhuma atmosfera que vai envolvendo o espectador até que o susto venha de uma forma inesperada.

O roteiro força tanto as situações de susto que os tornam previsíveis como algo do tipo: o grupo está junto, depois eles vão se separando e a cada reencontro a música sobe e o susto vem, isso acontece o tempo todo. A muitos exageros de gritos, correrias, câmera tremida, que o momento que era para ser assustador se iguala a uma cena de ação mau filmada.

Os personagens são todos esquecíveis e não sentimos empatia por nenhum deles, isso nos faz esquecer dos dramas, das motivações e dos conflitos de cada um.

Bruxa de Blair é um filme desnecessário que volta a mexer em um grande clássico do cinema moderno, a falta de originalidade, um elenco ruim e a incapacidade de pelo menos se igualar ao original o tornam em outra grande decepção do ano.

Avaliação do Crítico: Ruim

Ficha técnica:

TÍTULO Blair Witch (Original)

ANO PRODUÇÃO 2016

DIRIGIDO POR Adam Wingard

ESTREIA 15 de Setembro de 2016 ( Brasil )

DURAÇÃO 89 minutos

CLASSIFICAÇÃO 12 Anos

GÊNERO Terror, Suspense

PAÍSES DE ORIGEM EUA

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