Crítica | Tô Ryca
- EduPess
- 28 de set. de 2016
- 2 min de leitura

Está cada vez mais evidente que o cinema nacional está se tornando uma extensão dos programas e séries de humor, sejam da TV aberta ou paga. A maioria dos filmes, estão mais para especiais em longa metragem desse produto humorístico da telinha. O canal pago MultiShow, está investindo pesado nesse seguimento, e é lá, onde tem se originado filmes como, Um Suburbano Sortudo e Tô Ryca, esse último que estreou semana passada nos cinemas.
Na trama do longa, Selminha (Samantha Schmütz) uma frentista que está prestes a deixar seus dias de pobreza ao descobrir que é a única herdeira de um tio distante, no entanto para colocar a mão no dinheiro ela terá que cumprir um desafio proposto pelo tio, onde ela terá que gastar 30 milhões de reais em 30 dias, sem contar para ninguém e sem usar o dinheiro em bens materiais. E nessa maratona ela vai descobrir muito mais sobre a vida do que imaginava.

Lembra que citei o filme Um Suburbano Sortudo, pois então, ambos têm a mesma história, mas, o problema nem chega a ser esse, existem inúmeros filmes mundo a fora que são copias descaradas de outros. O problema de Tô Ryca é falta de criatividade do diretor estreante Pedro Antônio que antes só dirigia e produzia programas humorísticos para TV paga (olhem só que coincidência), Antônio trabalhou em cima do roteiro escrito por Fil Braz (Minha mãe é uma Peça: O Filme), que erra ao mostrar mais uma vez o personagem pobre de uma forma caricata e exagerada que chega ser de mal gosto, tem como o espectador de identificar com a personagem vivida por Samantha Schmütz, é tudo muito escrachado e bagunçado demais, o que é uma pena, química entre e Katiuscia Canoro (A Esperança é a Última que Morre) é muito interessante e ambas são as responsáveis pelos momentos mais engraçados do longa. No quesito piadas, o filme parece um punhado de pequenos esquetes tirados dos programas, Vai Que Cola, 220 Volts entre outros do canal MultiShow. A própria protagonista, Selminha parece e muito com outros personagens criados por Schmütz.

Tudo isso deixa Tô Ryca com cara de especial para TV e não um filme de comédia, os cineastas brasileiros precisam parar de levar para o cinemas coisas que funcionam na TV, uma hora o público vai se cansar de ver trupe de humoristas da telinha reprisando ou reaproveitando os mesmos personagens.
No meio de tanta bagunça o diretor ainda acha espaço para esboçar uma crítica sócio política, malfeita e oportunista, obvio. Tô Ryca é mais um filme ruim, que tenta ser engraçado que no fim não passa de uma cópia chupada de tudo que há no canal pago MultiShow.
Avaliação do Crítico: Ruim
Ficha técnica:
TÍTULO Tô Ryca (Original)
ANO PRODUÇÃO 2016
DIRIGIDO POR Pedro Antonio
ESTREIA 22 de Setembro de 2016 ( Brasil )
DURAÇÃO 110 minutos
CLASSIFICAÇÃO 12 Anos
GÊNERO Comédia
PAÍSES DE ORIGEM Brasil
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