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Crítica | Sete Homens e Um Destino


Para se ter um bom filme de faroeste ou western, como queira, não é preciso muita coisa, basta uma boa história, interpretações convincentes e boas cenas de tiroteio, que o resultado final sempre vai ser satisfatório.

Visando reascender o gênero clássico de Hollywood o diretor Antoine Fuqua escala um elenco recheado de astros para o longa, Sete Homens e Um Destino, remake de um filme que é uma versão americana do clássico Os Sete Samurais do mestre Akira Kurosawa.

O filme de Fuqua passa longe de ser como os westerns clássicos, mas, funciona como filme de ação, aqui o diretor trabalhou sobre o roteiro escrito por Richard Wenk, parceiro habitual do diretor, e Nic Pizzolato (da série True Detective).

A trama de Sete Homens e Um Destino, narra a trajetória de Emma Culins (Haley Bennett), em busca de alguém para frear os planos de Bartholomew Bogue (Peter Sarsgaard), minerador que tomou as posses de uma pequena comunidade no Oeste americano e proporcionou um banho de sangue no local, como pode ser visto na primeira e impactante sequência do filme. Atrás de vingança Emma une caçadores de recompensa, renegados e sombrias figuras para trazerem justiça a sua terra. Um bom ponto de partida, que nos faz pensar que teremos um ótimo western, infelizmente isso não acontece, e fica evidente, que não são as roupas, as armas e as cavalgadas ao pôr-do-sol quem garantem isso.

A luta contra um inimigo poderoso, movido pelo interesse no progresso, importância da terra no meio oeste, temas que são importantes em um faroeste, até estão presentes no longa, mas, chegam a ser ignorados pela forma apressada que são retratados. Isso acontece porque, como eu disse, Sete Homens e Um Destino é um filme de ação travestido de western.

O filme marca o reencontro do diretor com o ator Denzel Washington, ambos já trabalharam nos filmes, Dia de Treinamento e O Protetor. O elenco ainda conta com nomes como Chris Pratt, Ethan Hawke e Vincent D'Onofrio, todos bem em seus personagens.

Sete Homens Um Destino tinha tudo para ser um excelente filme de faroeste, mas, a falta de cuidado por parte do diretor o tornou apenas mais um remake. O longa pode ser divide em duas partes distintas, a convocação desses homens, revelando as particularidades e dramas de cada um; depois a chega a comunidade mostrando do a preparação para batalha final, que aqui é tratada como épica.

O maior erro de Fuqua foi não saber como lidar com tantos personagens, ao invés de explorar e trabalhar melhor a complexidade de cada um, o diretor tratou de forma rasa os motivos que levaram a união do sete, que do nada começam a se importar com o povo da pequena comunidade, essa urgência em mostrar o lado heroico de cada um foge da realidade, um grupo de mercenários não faria tal ação se não fosse apenas por dinheiro.

Sete Homens e Um Destino deveria ter aprendido mais com filmes como Bravura Indômita e deixar de querer ser fantasioso como Django Livre. Mesmo assim série injusto dizer que o longa de Fuqua é em todo ruim, o diretor sabe como fazer ótimas sequencias de ação, e a preparação até chegar no clímax final, é só lembrar das sequencias finais de Dia de Treinamento e O Protetor. Obvio que como um western clássico o longa peca em vários sentidos, mas, como blockbuster de ação ele acerta, dito isso, temos aqui um bom remake que não consegue ser igual ou melhor que o original.

Avaliação do Crítico: Bom

Ficha técnica:

TÍTULO The Magnificent Seven (Original)

ANO PRODUÇÃO 2016

DIRIGIDO POR Antoine Fuqua

ESTREIA 22 de Setembro de 2016 ( Brasil )

DURAÇÃO 132 minutos

CLASSIFICAÇÃO 14 Anos

GÊNERO Ação, Western

PAÍSES DE ORIGEM EUA

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