Crítica | Assassino a Preço Fixo 2: A Ressurreição

Jason Statham é um dos astros dos filmes de ação do cinema moderno, ele mesmo já chegou a declarar que seus filmes nunca ganhariam um OSCAR. Statham e carismático e bom de briga, as cenas de luta são o carro chefe dos longas estrelados por ele. Depois de fazer centenas de papeis pequenos e secundários a fama veio com o sucesso da franquia Carga Explosiva, logo em seguida vieram filmes ao lado de outros astros como: Jet Li, Sylvester Stallone, Mark Wahlberg, Vin Diesel e por aí vai. Porradas a parte, Jason não é lá um grande ator, na verdade seus filmes parecem uma continuação ou Spin-off de Carga Explosiva, isso acontece, porque na maioria das vezes Statham acaba fazendo o mesmo papel, de um cara durão e solitário, porém de coração mole, que fará de tudo para proteger que estiver em perigo. Isso acontece até em filmes que ele não é o protagonista. Mas isso nunca foi um problema realmente grande, porque o público que assiste os filmes do ator não quer vê-lo atuando e sim lutando e pilotando belos carros.

Em 2011 Jason estrelou o filme Assassino a Preço Fixo, dirigido por Simon West, um remake do filme 1972 com mesmo nome, dirigido por Michael Winner, estrelado pelo mito Charles Bronson. No filme Jason vive Arthur Bishop, um assassino de aluguel considerado o melhor no que faz, Bishop tem toda pinta de cara durão e solitário (olha aí outra vez), que vive nas sombras, tudo dá errado quando armam para ele e Bishop se vê obrigado a matar um conhecido, por remorso o matador acaba ficando com o filho órfão e resolve treina-lo passando todos os seus conhecimentos, claro, tudo dá errado.

Agora em 2016 chega aos cinemas a continuação, Assassino a Preço Fixo 2: A Ressurreição. Exatamente cincos anos depois dos acontecimentos do primeiro filme Arthur Bishop (Statham), vive uma vida tranquila como Otto Santos no Rio de Janeiro até que um antigo rival o encontra Bishop foge para a Tailândia para se esconder na pousada de uma velha amiga (Michele Yeoh), então a bela e indefesa Gina (Jessica Alba), surge para complicar tudo obrigado Bishop voltar à ativa para enfrentar seu antigo rival.

O longa tem uma história tão clichê que chega a ser genérica, meras desculpas para tirar o assassino fodão do seu descanso, mas, isso não seria problema se resto pelo menos funcionasse. Essa história de: o cara é um matador profissional, mas, é um homem bom, já deu, fica difícil de imaginar, as motivações que levam Bishop a matar meio mundo de uma hora para outra são um absurdo de tão fracas e infantis. A personagem de Jessica Alba é vazia e não passa emoção em momento algum, tudo acontece de forma rápida e simplista, ela chega conhece o matador, percebe que ele não tão mal assim, conta sua história e se apaixona por ele do nada. Sem falar que a participação de Michele Yeoh que é um grande desperdício, como uma atriz consagrada em filmes de artes marciais participa de um filme de ação sem dar nenhum soco?

O filme acerta apenas no quesito ação, cenas com lutas, perseguições e muita porrada, são como um passeio no parque para Jason Statham, ele manda muito bem mesmo, mas, o roteiro fraco prejudica isso também, Bishop é invencível e tudo que ele faz dá certo e não há desafios que ele não posar transpor, de longe esse é o filme mais fraco do ator. Mesmo assim ainda temos boas sequencias, destaque para a cena da piscina no alto de um edifício e a fuga de Bishop no bondinho do Pão de Açúcar no Rio, a performance deixaria qualquer James Bond de boca aberta.

Assassino a Preço Fixo 2: A Ressurreição é um filme que não vale apena ser visto no cinema, as boas cenas de ação não compensam a trama e as atuações que são tão genéricas. Como bônus, temos uma divertida participação do ator Tommy Lee Jones, que faz um descolado vendedor de armas.

Avaliação do Crítico: Ruim

Ficha técnica:

TÍTULO Mechanic: Resurrection (Original)

ANO PRODUÇÃO 2016

DIRIGIDO POR Dennis Gansel

ESTREIA 06 de Outubro de 2016 ( Brasil )

DURAÇÃO 99 minutos

CLASSIFICAÇÃO 14 Anos

GÊNERO Ação, Thriller

PAÍSES DE ORIGEM França, EUA