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Crítica | Doutor Estranho


Doutor Estranho (Doctor Strange, no original), o Mago Supremo da Marvel nos quadrinhos, criado por Stan Lee e Steve Ditko na década de sessenta, finalmente chegou ao cinema. Com uma trama simples e divertida o diretor Scott Derrickson mostrou como o renomado cirurgião Stephen Vincent Strange (Benedict Cumberbatch) se tornou o mago conhecido como Doutor Estranho.

Derrickson facilitou as coisas ao seguir a cartilha do Marvel Studios na produção dos seus filmes, o longa se trata de uma história de origem o que não podia ser diferente, todos aqueles que acompanham os filmes do estúdio precisavam conhecer o personagem antes dele se juntar aos Vingadores em Guerra Infinita.

O filme tem todos os elementos de sucesso contidos nos longas anteriores de Marvel, personagens cativantes, uma trama simples sem enrolação, ótimas cenas de ação, humor e efeitos especiais de encher os olhos do espectador. Destaque para esse último, Doutor Estranho é uma experiência visual surpreendente, esse é o primeiro filme do estúdio a ter um 3D muito bem aproveitado, as sequencias que mostram os magos usando seus poderes para atravessar a realidade nos dando uma visão do mundo como se ele estive dentro de um calidoscópio são surreais e o 3D deixa a experiência ainda mais imersiva, este é um filme que precisa ser visto em uma sala de cinema de qualidade. Não é exagero dizer que há uma inovação nesse quesito, nenhum outro filme de super-herói ousou tanto em seu visual.

Benedict Cumberbatch é outro acerto, o ator abraçou o personagem de tal forma que é quase impossível imaginar outro em seu lugar, Cumberbatch está tão à vontade quanto Robert Downey Jr no primeiro Homem de Ferro. A voz forte e grave do ator deu ainda mais personalidade ao arrogante Stephen Strange. Tilda Swinton dá um show de carisma como a Anciã, mentora de Strange, Rachel McAdams poderia ter sido melhor aproveitada, mesmo assim ela está bem, Chiwetel Ejiofor é um ótimo ator e aqui ele entendeu que quem precisa brilhar é o protagonista então da vida ao mestre Mordo, um pupilo da Anciã que vai questionando as ações da sua mestra ao longo do filme.

Como dito acima, o filme segue a receita já patenteada pela Marvel e isso é um problema ou pelo menos gera problemas. O grande prejudicado é Mads Mikkelsen que vive o vilão genérico Kaecilius, um dos mestres das artes místicas que rompe com a Anciã. Kaecilius é vazio, sua motivação é mal explicada como sua história, ele é mais uma vítima da teimosia da Marvel em fazer vilões que são apenas copias dos heróis, isso é uma pena porque Mikkelsen é um grande ator e merecia um personagem melhor.

De uma forma geral, Doutor Estranho é ótimo filme porque acerta mais do erra, mas ele também nos mostra que já está na hora da Marvel começar a inovar e se arriscar mais em seus filmes. Atualmente o estúdio vem seguindo a mesma receita só mudando pequenos detalhes, isso precisa mudar, por mais que o público goste do resultado, vai chegar uma hora onde pequenas mudanças não serão suficientes. Um fato que anima é saber que Doutor Estranho é um personagem com potencial para ser o próximo Homem de Ferro, ou seja, o próximo grande pilar da Marvel Studios no cinema.

Avaliação do Crítico: Ótimo

Ficha técnica:

TÍTULO / Doctor Strange (Original)

ANO PRODUÇÃO / 2016

DIRIGIDO POR / Scott Derrickson

ESTREIA / 03 de Novembro de 2016 ( Brasil )

DURAÇÃO / 115 minutos

CLASSIFICAÇÃO / 12 Anos

GÊNERO /Ação, Aventura

PAÍSES DE ORIGEM / EUA

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